quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

PROFANO




Como um livro de possibilidades crio o universo dos meu próprios saberes
reviro cada sílaba de minhas sentenças...
sentença de morte em vida!
papel rasgando minhas mãos
ruídos rompendo muros, girando moinhos
flores enfeitando cortiços,
sem vida, plastificadas e delas extraídas a beleza inadequada de estar ali...estática,
débil, inodora...
Suspiros falsos...
Desejos descalsos
Calçadas em ruínas...abaixo de pés empoeirados e envergonhados de não conseguir o célebre...pão de cada dia
Rotinas deslumbram o ensaio de ser assim...tão nobre, tão autênticos...tão maciços!
Temos o poder de manter o Poder sobre o nosso poder!
De sermo iguais...em nossas diferenças
Mas o que estamos tentando ao expulsar de nosso olhar..o sublime?
A magia está mas mãos das fadas?
Ou perderíamos muito tempo elaborando devaneios sobre o desconhecido?

Ainda prefiro o insano, o improvável, o inexplicável,  o PROFANO!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Q?

o solo parece um pântano...me sugando pelo desejo perdido com as realizações...as desilusões.
sinto-me presa pelo pescoço, atolada de decepções, de angústia.
O olhar piedoso, é o que menos desejo.
 E prazer nenhum se sustenta.

A alegria desce pelas minhas entranhas como uma dose de destilado, seco, avassalador. A mais barata caninha, o mais tímido sabor. o inconsistência, de ter de olhar de longe,
como em um campode força...todas as pulsões, se misturando, se associando e desagregando...
e eu...ali, estática,
engessada como uma boneca falsa, como uma roupa desbotada, obsoleta

As Brumas....densas, se misturam ao peso do meu coração
Já não confio em sanidades...prefiro a loucura
estou às margens...Esperando a morte chegar!
Quem é a minha morte? Quem é a minha amiga?

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