domingo, 20 de fevereiro de 2011

"Há" um tempo...atrás




Porque temos que banalizar os sentimentos em prol da razão?
Deprimir o que somos para sermos o que desejam que somos?
A solidão corre os meus ossos e perfura as minhas vísceras.
E me vejo desarmada e desarmada no mundo.
Uma película tênue envolve a felicidade, e ela constantemente se rompe, e a felicidade escoa facilmente, e se dissipa, e sem nos darmos conta, ela se perde.
Sobra o rude, o grosseiro.
O esvaziamento de nossa própria essência.
E emerge como um feroz monstro voraz, a angústia impiedosa e cruel.
Me perco cogitando a respeito do fim, do propósito de estar viva,
E só me sobra de consolo, o que se prega eticamente a respeito da conduta.
Sermos únicos, mas não diferentes.
Sermos gentil, sem desconsiderarmos a agressividade inerente.
Sermos firmes sem sermos injustos.
Assim resta-nos transitarmos entre os paradoxos e nos ocuparmos com os questionamentos sem respostas, e assim o tempo segue seu curso, e o fim delicadamente nos envolve, e gentilmente nos domina.


 Shirley Souza.......................................................................................................28/06/10





“eu não sei o que meu corpo abriga, nestas noites quentes de verão e nem me importa que mil raios partam qualquer sentido vago de razão”

Cazuza



Meu fantasma



Ainda sinto o seu doce cheiro em minhas mãos
Em seus braços me encontro,
Sinto-me no infinito quando descanso minha cabeça no seu colo
E devaneio sobre o impossível de nós
Meu sentimento
Dotado de sabores
Dotados de temores
Que se parte, se distancia
mas...
incita em mim a vontade de ter
a vontade de manter a distância longe de mim
E querer sentir sua falta
Sua imagem cai sobre meus olhos...e me silencio
Por estar diante do sublime
Seu sorriso me aquece
e você nem nota
Seu suor me acalma...
E você, nem nota
Eu desejo!
E você nem nota
Sinto o peso de meus medos, quando te afastei de mim
E me desamparo na sua ausência


"Que o sentimento supere a razão!"
Shirley Souza
20/02/11

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