quinta-feira, 30 de junho de 2011

saudade



Hoje eu senti vontade de bailar entre as borboletas do serrado, e sentir o vento tocar meu sorriso.
De saborear um belo doce e viver o som de cada dedilhada nas notas de uma guitarra, com os olhos apertados em estado de êxtase.
Senti vontade de lavar todos os azulejos do meu banheiro
De sentir o sorriso da minha vó, no momento do abraço apertado.
De pirraçar diante das injustiças...
de correr de olhos fechados na minha rua as 23 horas..
De cantar em Inglês o que eu não faço idéia.
De sentir o peso da minha coberta bem no meio da tarde...ao som da vinheta do jornal hoje, e de assoprar a barrigona da minha mãe...e extrair dali...um som tão peculiar, que me levaria a gargalhadas eufóricas.
Vontade de admitir que chupar o dedo é melhor que Rivotril.  
E que o melhor analgésico, é deitar no braço peludo do meu pai.
Queria comer a ameixa que meu avô me presenteava, e que eu, generosamente apelidei de bolinha, pois banana a gente lembra o nome.
Queria vestir um vestido florido e não me sentir ridícula...
E colocar meus pés suados sobre o vidro do carro e ver a marquinha de cada dedo. 
Shirley Souza

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Iraci

Um passo de cada vez,
Eu sinto uma dor que é atenuada pelos teus (Flá) olhos
Eu vejo uma estrada de oásis no deserto
Na tentativa de lutar para seus ideais e de energicamente mudar o mundo (o seu mundo) e salvá-los das mazelas... Das suas próprias mazelas.
Sua vida foi como um sopro divino,
Se fez breve sobre nosso olhar egoísta, mas sublime no propósito de Deus.

Nos relatos dos amigos, no amor dos amantes, e no coração de suas filhas... Aprendi sobre ela, tão soberana, e sensível
Na valsa da existência, desajeitada esteve bailando
Até que os anjos de Deus lhe tiraram para dançar.

Sua firmeza como de uma leoa
Sua sabedoria desletrada
Sua compaixão desmedida
Farão de seus passos na terra... Uma estrada para ser seguida e aprendida por nós, relés mortais... Desassossegados pela banalidade superficial da falta de esperança. 

 
Shirley Souza 23/06/11

terça-feira, 14 de junho de 2011

Viajante (Aurélio)


SEU EU PUDESSE VER O HÁ DO OUTRO LADO, E SENTIR ENTÃO O DESCANÇO EM MEUS OLHOS...
SE EU NAO FOR CHORAR, PORQUE ESPERAR?...E SE NINGUEM VEM EU VOU PRA LÁ!
PASSA O TREM EM OUTRA ESTAÇÃO, VOU TER QUE ESPERAR SOZINHO.
TEM SEMPRE ALGUÉM PEDINDO ORAÇÃO...SINTO OS MEUS SONHOS VOAREM POR MINHAS MAOS!
SE EU PUDESSE TER O QUE TEM DO OUTRO LADO, E ASSIM VIVER JUNTANDO PEDAÇOS...
SEMPRE HÁ UM PORQUE PRA SE DIZER...PERGUNTAR AO DIA QUE VIRÁ!
PENSAR EM ALGUÉM FAZER A CANÇÃO, SENTIR A DOR DO ESPINHO.
SEGUIR O VENTO E ARDER AO SOL, PERDER NO TEMPO POIS É CEDO PRA PODER CHEGAR...



ME DÁ SAUDADE DO MEU LUGAR...UM DIA VOU TER QUE VOLTAR...

Leonardo César Ferreira - 02/12/2000

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