sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fênix






E em um estalo, a depreciação da imagem que se tem, surge sobre escombros de materiais impróprios.
É uma nada atormentador, que causa um sentimento de dissociação
a companhia, não traz segurança

Não há olhar que referencia o caminho
Não há dor que se cure com o tempo
Não há labor que oferta a desatenção

São sentimentos censurados
Que ficam as margens, só esperando o momento de se manifestar
As marcas desse tempo são como o raízes num solo próspero

A alternativa é encontrar algo que se perdeu no caminho
O Eu
Aquele que se desfigurou
quebrou-se
Recolher os cacos e fazer dele um novo Souvenir
Apenas a lembrança desse momento torpe
DESFIGURADO


Shirley Souza


Um comentário:

  1. Procuramos no outro aquilo que eles não podem nos dar e nos frustramos... procuramos como se fosse a última alternativa para a sobrevivência. E quando nos convencemos que não podem nos dar voltamos nosso olhar para nós mesmos, não para buscar, mas para chorarmos a solidão. Quando nos olhamos mais atentamente, (re)encontramos aspectos que nos ajudam a tornar a buscar, mas dessa vez em nós mesmos...

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