sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Vazio

Esqueceu
Desistiu
Substituiu
Facilmente a atenção flutua, como se lê em uma avaliação de teste psicométrico.
Há um esforço débil em elaborar desculpas para o abandono.
E o discurso soberbo é disfarçado por um tom de voz humilde.
Farrapos cobrem o meu corpo nesses dias frios, retalhos não suportam o vento.
Meu estômago dói, e minha importância nem a mim importa.
Todo esforço é em vão,o labor é falho.
Sinto-me em ressaca moral,
embebedei-me de mim

domingo, 17 de novembro de 2013

Prostituta

Tinha consigo a certeza do seu amor, mesmo sem nunca ter sido dito!
Os seus olhos claros a cercavam pelos caminhos invisíveis, e sem saber aonde chegar, se embaraçava no labirinto de ideias a seu respeito.
Sumia conforme o desejo dele! Correu entre ruas sujas, estradas sombrias e perigosas, enfrentava os medos mais infames.
AFASTAVA-SE
Com as vestes cheias de lama encontrou refúgio em um lugar do inconsciente. Prostitutas encantadas preparavam sais de banho e limpavam-na do amor, esse que suja a alma, que marca a vida! Glamorosas em  seus atos, com sotaques oriundos de cantos desconhecidos do universo.
Trataram cada cicatriz que ali existia, como se apagassem de seus próprios contos, versos que lhe doíam.

Nascia Brilhante, amante de reis, cavalheiros medievais, poetas, músicos e sábios! 
Não deixou carta, nome, dívidas ou dúvidas! 
Ouvia o som rouco do rádio e encantava-se na terra do desamor!

https://skydrive.live.com/?id=4EDE51A3D5B3B69%21491&cid=04ede51a3d5b3b69&authkey=%21AMQuue2EA7ACstA&=
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fênix






E em um estalo, a depreciação da imagem que se tem, surge sobre escombros de materiais impróprios.
É uma nada atormentador, que causa um sentimento de dissociação
a companhia, não traz segurança

Não há olhar que referencia o caminho
Não há dor que se cure com o tempo
Não há labor que oferta a desatenção

São sentimentos censurados
Que ficam as margens, só esperando o momento de se manifestar
As marcas desse tempo são como o raízes num solo próspero

A alternativa é encontrar algo que se perdeu no caminho
O Eu
Aquele que se desfigurou
quebrou-se
Recolher os cacos e fazer dele um novo Souvenir
Apenas a lembrança desse momento torpe
DESFIGURADO


Shirley Souza


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Fragmentos de mim!




Freud Além da Alma





Freud (Freud, além da alma, no Brasil) é um filme norte-americano de 1962 dirigido por John Huston, com trilha sonora de Jerry Goldsmith.
Biografia romanceada do pai da psicanálise, mostrando seus casos mais célebres e seu envolvimento com os pacientes.
A história da elaboração da teoria psicanalítica, que procura explicar nossa constituição psíquica. Reconstrói a vivência e as descobertas de seu criador, Sigmund Freud, em Paris e na cidade de Viena, entre os anos de 1885 e 1890.

domingo, 7 de julho de 2013

Naufrago!

Se sente atoa, lançada fora, empurrada...
encostada em via pública.
Em desuso.
O funeral de seus sonhos está sendo celebrado logo ali, na esquina das lembranças torpes.
O calor deu lugar para um corpo frio, sem sabor, nem cor.
O beijo do nariz, não veio.
Sua sombra é o espectro de uma palhaça...
Triste e sombria
Acalentada pelas palavras embalsamadas de desamor.
Rancores são as únicas possibilidades de existências entre os eleitos desse texto.
Torna a situação insustentável, para que as pessoas possam ir embora
Coloca leões dentro das jaulas, para que os amores possa sair, ir embora correndo dali.
De princesa, a trol, de trol, a tola, de tola, a palhaça. Sofreguidão! Amarguras!
Assim se faz brilhante, amante, desonrosa...
Sem mais nem menos. Repetindo os mesmos mecanismos! Narciso, Sícifo!




domingo, 30 de junho de 2013

Morte em vida!

Foram anjos ou demônios que bordaram a história que saudaram a sua chegada?
Morria aos poucos com a desnutrição de sua carne, o pior das carnificinas era o que a encorajava.
Era a sombra das nuvens que cobria a lua, a testemunha! E lhe tragava a vida.
A escuridão da alma cobria o rosto, e as cicatrizes eram forjadas pelos golpes de descompaixão. Mentiras eram pregadas para que sobre o seu corpo fosse fecundado filhos sem nome.
O sal que escorria com o seu suor remetia o alimento que lhe faltava, e lhe dava fé para continuar a lida infame no ato imundo, de venda de seu corpo esguio.
O pecado era profanado pelas suas entranhas em nome da fome. Seu nome era lançado junto aos vermes de suas vísceras. e o seu triunfo era o pão de cada dia.



domingo, 23 de junho de 2013

Calcanhar de Aquiles: o grande e fiel monstro

Nenhuma realidade alcançará o desassossego deste momento. A euforia confunde realidades
O passado e o presente deturpam a imagem que se projeta na minha frente. Eu abandono o futuro
Todas as incertezas seguram nas minhas mãos e me carregam feito pássaros à procura do verão. Eu me atiro no seu comando. Nesse desatino Continuo representando aquela histeria que me veste muito bem. Cuido destas vestes como se polisse armaduras. Fardas de guerra! Munidas de armas, batalho contra meu EGO. Myself! Endureço-me , e desnudo o meu calcanhar de Aquiles, ofertando-o como recompensa triunfal para as minhas presas. E me prendo nesses infortúnios. Não me preocupo em sair deles, apenas o faço.
Bailo entre tridentes apontados sobre minha garganta tripudiando em acusações severas. 
E brilhantemente...
Respondo com o calcanhar de Aquiles 
Eu avisei...
De todos o que eu mais amei? A mim! O amor, o Próprio! 



quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um pouco mais de mim...



 Acho que me encontrei nesse clip! Minha mente foi retrata com a sublimação alheia! Amei tudo o que compõe essa obra de arte! 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Gaia

Valorosos homens de posse das suas armaduras de dor, saíam pelas terras paridas em busca de sonhos iluminados pelo sol do meio dia. Maltratando a pele, craquelando os rostos, tornando-os tão iguais, que suas identidades mais pareciam o solo que pisavam. Os pés não sentiam o chão, os calos impediam. Qualquer sensação de bem-estar provocada pelo contato da mãe que não nutria seus filhos era extirpada pelo anseio do trabalho precoce.   
Por onde o olhar se destina, cacto . Sol sem vento! Falta d’água. A fome é a pior das pestes, ela desnutre a alma. Fomenta rancor naqueles que de Gaia esperam o fruto. Acabam por servirem de alimento das suas entranhas. Caprichosa terra, sedenta por moribundos, inflamada pelo desejo de ter seus filhos em seu ventre. Toma o coração do sertão, e faz dele o flagelo miserável do homem desesperançado.


Filho nativo de terras secas, profanado está seu futuro ressequido e cinza. Pobre e sombrio, 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O céu no andar de baixo


É de extrema importância que assistam o curta sugerido pra entender a proposta do texto que retirei de lá!


http://portacurtas.org.br/filme/?name=o_ceu_no_andar_de_baixo



É mal de amor que você tem.
O amor nasce de sementes distraídas que brotam ao acaso
E então se a morte precoce não as alcançam crescem e ganham força.
Embaixo expandem-se fugindo do sol, no profundo do subterrâneo  e lá, onde está o que não se deve mostrar nossas fraquezas e medos disformes. Nossos Defeitos e manias. Nossas vergonhas. Lá embaixo está as horas difíceis e medrosas do amor. Aquelas que ninguém quer ter ou lembrar.
Os momentos de deleites do amor. São como os galhos que buscam a luz do sol. Acima de tudo, do perigo e da desventura. Para o alto crescem diariamente buscando o calor das boas horas do dia. Lá em cima onde se revela o melhor de nós, folhas verdes sem forma de sorrisos e afagos. Lá na copa da frondosa árvore é a boa ventura do amor.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sem Título

Me percebo embriagada de sonetos 
Alucino com imagens de situações improváveis
Caio em meio ruínas de um tempo bom
que se perdera nas páginas amarelas de um calendário velho.

Gastei 20 segundos vidrada no sorriso desdentado de um senhor que não me via.

Pulei a janela da alma pra tocar seus lábios em silêncio
Me mantive eterna embaixo dos escombros solitários de seus sonhos.


Shirley Souza 

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