sábado, 29 de janeiro de 2011

Estamira






Reis e rainhas coabitam o universo das fábulas,
Fazendo-nos acreditar que somos apenas poeiras sobre o vislumbre.
Que o resto de alimento dos ratos, que alimenta os pobres
São os únicos recursos de sobrevivência de uma democracia hipócrita
De uma demagogia fétida

As migalhas oriundas dos destroços do lixo
Determinam “ESTA MIRA” Estamira
Mulher milagre, que caminha sobre o imundo e saboreia seus delírios para dar conta do “I mundo”
Para o mundo seus lábios dizem loucuras
E ela segue rumo a sua “mira”
E delicia o sabor do lixo em um prato de macarrão,
Abandonado pela donzela saciada

Giram discos voadores no seu olhar
E a piedade que vêm dos homens
Não adiciona valores
Sua obra e seu cansaço lhe bastam, para manter a sua história,
Sua própria realeza
 


Saiba mais sobre essa mulher
http://cinema.uol.com.br/ultnot/2006/07/27/ult26u22040.jhtm

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Nunca desejei um cigarro, desde que eu parei de fumar, como hoje
Em meio á solidão que me assola, só consigo pensar em uma única coisa
E isso me apavora, pois me deixa pequena, me transforma em uma nada!

Me desestabiliza, pois tudo o que moldei a priori, se desmantelou
tudo não passou de uma boa maquiagem
Quase acreditei na minha própria imagem refletida ali, no meu espelho
Me senti hoje, como naquele dia das mães, onde nem mãe eu tinha!
Saboreei a minha própria e amarga determinação

E sei que nem o olhar curioso, recai sobre os meus destroços!
Esse é um convite a arte do fracasso, frente a laborosa imperfeição que nos acomete!
 Ainda tenho a última gota da cerveja!

Shirley R............................................................................20 (?) jan 2011

"E tudo parece ser tão real, mas vc viu essse filme também!"
Renato russo

msn.com!

Ronan diz:
 será que ja foi???
 vou cantar uma canção...
 hummmm....
 "não sei andar sozinho, por estas ruas, sei do perigo, que nos rodeia, pelo caminho...
 não há sinal de cais, mas tudo se acalma... no seu olhar.
 nao quero ter mais sangue morto nas veias, quero um abrigo, do teu abraço que me incedeia...
 não ha sinal de caos mas tudo se acalma... no seu olhar.
 vc parece comigo nem o senhor lhe acompanha, vc tb se da um beijo da abrigo...
 flor na janela da casa, olho no seu inimigo, vc tb se da um beijo da abrigo...
 se da um riso da um tiro!
 boa noite guria!!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou!

Querido Diário (Tópicos para uma semana utópica)
Composição: Cazuza

Segunda-feira:
Criar a partir do feio
Enfeitar o feio
Até o feio seduzir o belo

Terça-feira:
Evitar mentiras meigas
Enfrentar taras obscuras
Amar de pau duro

Quarta-feira:
Magia acima de tudo
Drogas barbitúricos
I Ching
Seitas macabras
O irracional como aceitação do universo

Quinta-feira:
Olhar o mundo
Com a coragem do cego
Ler da tua boca as palavras
Com a atenção do surdo
Falar com os olhos e as mãos
Como fazem os mudos

Sexta-feira:
Assunto de família:
Melhor fazer as malas
E procurar uma nova
(Só as mães são felizes)

Sábado:
Não adianta desperdiçar sofrimento
Por quem não merece
É como escrever poemas no papel higiênico
E limpar o cu
Com os sentimentos mais nobres

Domingo:
Não pisar em falso
Nem nos formigueiros de domingo
Amar ensina a não ser só
Só fogos de São João no céu sem lua
Mas reparar e não pisar em falso
Nem nas moitas do metrô nos muros
E esquinas sacanas comendo a rua
Porque amar ensina a ser só
Lamente longe por favor
Chore sem fazer barulho

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Enxaqueca

 
Nem com o mais forte entorpecente, ou o mais potente calmante
Nem o brilho vazio de uma solitária estrela, árdua e impotente
Aproxima-me do que a vida se propõe
Sinto no olhar da derrota a proximidade do caos

Egos solitários buscam proteção fora do altruísmo
Longe dos abraços apertados dos lobos
Como monges discretos se multiplicam feito sombras na tirania da noite

Forçados pela fome lamentam pela miséria de esperança
Cuidam-se para se sentirem vivos
Feito pedras passam insólitos pelo mundo

Rodeados por vermes, e moribundos sociais
Resta o limite, entre o penar e o fim
A dor assola o corpo e a alma
Feito chagas eternas, e ternas
Que se solidificam e se apropriam do que de fato...nos tornamos









Shirley R............................................................................14/01/11





quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

pés descalços



Um anjo descalço passou por aqui, e sentiu o prazer de ser simples
E combinou a vista esplendorosa do universo, que era emita pelo reflexo de seus olhos
Com o ardor do por do sol no verão
E se atentou pela madrugada insana e saboreou a desvirtude de ser dama a meia noite
De ser palhaço sem sorrisos e ator sem aplauso

Ele contou com a limitada caridade humana... Que nada tinha a oferecer neste momento
Sorriu ao ver a ratazana correndo pelo encanamento desativado de uma fábrica
Suplicou o olhar do poeta, que se embebedava no boteco sujo.
E pousou seu olhar cansado ao desenho de um artista que, por inspiração, observava a velha doente na janela da esquerda do seu quarto cheirando mofo.


Suspirou ao perceber o ódio do filho abusado
Ausentou-se ao pedido de súplica da mãe desajustada, ao ver o filho marginalizado pela carência de afeto.

Mas...
Em dado momento, reconheceu na centelha de fé de cada um deles, a manifestação daquele universo, que reconhecera, antes da madrugada.
E fez florescer a flor do lixo que se tornara

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