sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Enxaqueca

 
Nem com o mais forte entorpecente, ou o mais potente calmante
Nem o brilho vazio de uma solitária estrela, árdua e impotente
Aproxima-me do que a vida se propõe
Sinto no olhar da derrota a proximidade do caos

Egos solitários buscam proteção fora do altruísmo
Longe dos abraços apertados dos lobos
Como monges discretos se multiplicam feito sombras na tirania da noite

Forçados pela fome lamentam pela miséria de esperança
Cuidam-se para se sentirem vivos
Feito pedras passam insólitos pelo mundo

Rodeados por vermes, e moribundos sociais
Resta o limite, entre o penar e o fim
A dor assola o corpo e a alma
Feito chagas eternas, e ternas
Que se solidificam e se apropriam do que de fato...nos tornamos









Shirley R............................................................................14/01/11





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