quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

pés descalços



Um anjo descalço passou por aqui, e sentiu o prazer de ser simples
E combinou a vista esplendorosa do universo, que era emita pelo reflexo de seus olhos
Com o ardor do por do sol no verão
E se atentou pela madrugada insana e saboreou a desvirtude de ser dama a meia noite
De ser palhaço sem sorrisos e ator sem aplauso

Ele contou com a limitada caridade humana... Que nada tinha a oferecer neste momento
Sorriu ao ver a ratazana correndo pelo encanamento desativado de uma fábrica
Suplicou o olhar do poeta, que se embebedava no boteco sujo.
E pousou seu olhar cansado ao desenho de um artista que, por inspiração, observava a velha doente na janela da esquerda do seu quarto cheirando mofo.


Suspirou ao perceber o ódio do filho abusado
Ausentou-se ao pedido de súplica da mãe desajustada, ao ver o filho marginalizado pela carência de afeto.

Mas...
Em dado momento, reconheceu na centelha de fé de cada um deles, a manifestação daquele universo, que reconhecera, antes da madrugada.
E fez florescer a flor do lixo que se tornara

3 comentários:

  1. Pés descalços... jeito que deveriamos experimentar o mundo! Com os pés descalços sentir as dores e alegrias desse mundo. Com cuidado andar pela vida, saboreando o que ela tem e com a delicadeza que deve ser. Pq descalços sentimos dor e podemos nos sensibilizar com nós mesmos e com o outro. Descalços, nús e sem as máscaras!

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  2. uai...flávia ainda existe no mundo dos blogs! tanks lindona!

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